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A tecnologia que pode mudar PARA SEMPRE a tela dos celulares muito em breve

Um elemento central de qualquer celular é a tela, mas não só pelo que vemos. O som que emana dela é tão importante quanto a imagem, e ainda que pareça que chegamos a um ponto de estabilidade na qualidade e função das telas sonoras de nossos aparelhos, uma mudança sutil – mas potencialmente revolucionária – está prestes a acontecer. Esse avanço está nos transdutores piezoeléctricos, capazes de aliar alto-falantes e feedback tátil em uma única peça compacta que poderá mudar para sempre a tela dos celulares.

A tecnologia que pode mudar PARA SEMPRE a tela dos celulares muito em breve

Como funciona o som dos celulares atualmente

Para começar, vamos entender os fundamentos. Hoje em dia, o som nos celulares vem de pequenas peças chamadas alto-falantes. São dispositivos que usam eletricidade para movimentar um ímã e, por consequência, vibram um cone.

É essa vibração que viaja pelo ar até nossos ouvidos na forma de onda sonora. Os celulares também possuem geradores de vibração, que criam um efeito tátil ao vibrar em baixas frequências. Contudo, estes componentes são frágeis e ocupam espaço, além de exigirem aberturas no aparelho que podem deixar entrar sujeira ou água.

Entenda o que é o “efeito piezoeléctrico”

Já conhecido da ciência desde o final do século XIX, o efeito piezoeléctrico é a capacidade que certos materiais têm de se dobrar ou esticar quando recebem um estímulo elétrico. No contexto dos celulares, estamos falando de cristais como o quartzo ou cerâmicas que, ao serem atingidos por uma tensão, acabam vibrando.

Essas vibrações podem ser rápidas e intensas o suficiente para gerar som ou até servir para criar um retorno tátil, de acordo com a frequência aplicada. A maior vantagem desses transdutores piezoelétricos é que podem ser muito mais compactos e integrados à tela do celular.

Quando essa tecnologia poderá chegar aos smartphones?

A empresa Synaptics está desenvolvendo um chip capaz de controlar esses transdutores piezoeléctricos. O chip, chamado de amplificador de baixo ruído com processador de sinal digital, é projetado para atuar junto com o transdutor piezoeléctrico e pode ser integrado diretamente atrás do painel de exibição do telefone.

Isso significaria o fim dos tradicionais alto-falantes e componentes de feedback tátil separados em smartphones, relógios inteligentes e até laptops. A implementação desta tecnologia pode começar a ser vista até o final de 2024, prometendo não só melhorar a qualidade do som, mas também a integridade física dos dispositivos.

Deixando os dispositivos mais finos e resistentes à sujeira e umidade, a integração desta tecnologia terá um impacto direto na experiência dos usuários. O som emanando diretamente da tela pode melhorar a imersão e eliminar desajustes de onde ele parece estar vindo, além de dispensar mecanismos para simular a localização do som, economizando bateria. E não é só isso, o feedback tátil do aparelho poderá usar o mesmo transdutor, reduzindo ainda mais o espaço interno necessário.

E as implicações vão além: com o efeito piezoeléctrico sendo bidirecional, a pressão que aplicamos na tela dos celulares também pode gerar energia elétrica, o que poderia ser usado para carregar a bateria do aparelho. Sim, você entendeu direito: a energia dos seus toques e até dos ruídos ao redor poderiam ajudar a manter o seu celular carregado por mais tempo.

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